Este projeto foi pensado e orientado por nós:
Olá! Meu nome é Juliana, desde a adolescência gosto de ler ficção, textos sobre ciência e história.
Justamente por gostar de ler, eu decidi fazer faculdade de Letras e, agora, sou professora de português e literatura. Durante a graduação pude aprimorar meus estudos sobre obras, autores e períodos literários, principalmente daqueles que produzem literatura em língua portuguesa.
Sou
professora da rede pública do Estado do Mato Grosso desde 2018, mas esse é o
meu primeiro ano na escola Arena da Educação.
Vamos
falar um pouco sobre a relação entre literatura e sociedade!
Entre
os anos 335 a.C. e 323 a.C, um pensador grego chamado Aristóteles apresentou,
em sua obra intitulada Arte Poética, a ideia de mimese. Este conceito refere-se
à compreensão que a arte poética tem a potencialidade de recriar o real,
representá-lo, mas isso não quer dizer que a literatura imita a realidade. A
partir dessa perspectiva, podemos compreender que a arte e, assim, a
literatura, tem uma relação dialética com o real, isto é: ao mesmo tempo em que
o real é matéria-prima para o fazer literário, a literatura tem o potencial de
mudar a realidade a qual representou. Em algumas escolas literárias, essa
relação fica mais evidente, como no Realismo e Naturalismo. Já no Simbolismo ou
histórias fantásticas ou sobrenaturais, essa relação é menos óbvia, mas ainda
assim evidente.
Para
me despedir, deixo com vocês o poema “Bem no fundo”, do poeta curitibano Paulo
Leminski, publicado na obra “Distraídos venceremos” (1987):
No fundo, no fundo,
bem lá no fundo,
a gente gostaria
de ver nossos problemas
resolvidos por decretoa partir desta data,
aquela mágoa sem remédio
é considerada nula
e sobre ela — silêncio perpétuoextinto por lei todo o remorso,
maldito seja quem olhar pra trás,
lá pra trás não há nada,
e nada mais
mas problemas não se resolvem,
problemas têm família grande,
e aos domingos
saem todos a passear
o problema, sua senhora
e outros pequenos probleminhas.
Letícia Rosa de Almeida Leite - Sociologia
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Eu me chamo Letícia, sou professora de Sociologia e também gosto muito de ler. E
nunca li muito na adolescência. Ler pode ser incrível,
especialmente quando temos que passar tanto tempo presos em casa, né? Então
venha viajar com a gente.
Caso você ainda não sabia, em uma eletiva nós produzimos
trabalhos e no final todos os alunos e professores se reúnem, trocam ideias e é
um momento ótimo. Então você também vai colaborar neste processo. 😊
Os sociólogos são observadores da
sociedade, e buscam explicações para problemas que são comuns a todos nós. Como
a desigualdade social, intolerância religiosa, violência, etc.. E para fazer
esse trabalho investigativo de descobrir o que está escondido nós observamos
bastante tudo que está a nossa volta, nos mínimos detalhes. E existe sempre um
pouco de ficção na realidade e um pouco de realidade na ficção. Você talvez
esteja se perguntando o motivo. Bom, nós somos criados e preparados para
atender as necessidades da sociedade e a agir de acordo com as suas
expectativas, por exemplo.: casar, ter filhos, um bom emprego.
Isso tudo acaba ao longo dos anos se
tornando quem nós somos, e fazendo parte da nossa identidade, é por isso que os
escritores em geral mesmo escrevendo obras de fantasia, que as vezes não
parecem ter nenhuma relação com a realidade, no fundo tem. 🤔
É por isso que dizemos que as obras
literárias são produtos do seu tempo. E revelam questões importantes e as vezes
estavam meio ocultas.
Então são um elemento importante
para conhecer a Realidade na qual foram produzidas, por isso é possível afirmar
que enquanto estivermos estudando literatura brasileira estaremos ao mesmo
tempo conhecendo melhor a nossa cultura.
Para finalizar: O nome dessa eletiva
é uma homenagem a um dos nossos escritores mais importantes, Machado de Assis. 😍
Meu primeiro livro foi Dom Casmurro,
e eu tinha mais ou menos a idade de vocês, na época não entendi quase nada. E
foi ótimo haha o cérebro é um músculo e precisa ser exercitado com frequência.
Aqui vai uma primeira leitura para vocês...
CAPÍTULO CXIX / PARÊNTESES
Quero
deixar aqui, entre parêntesis, meia dúzia de máximas das muitas que escrevi por
esse tempo. São bocejos de enfado; podem servir de epígrafe a discursos sem
assunto:
*
* * Suporta-se com paciência a cólica do próximo.
*
* * Matamos o tempo; o tempo nos enterra.
*
* * Um cocheiro filósofo costumava dizer que o gosto da carruagem seria
diminuto, se todos andassem de carruagem.
*
* * Crê em ti; mas nem sempre duvides dos outros.
*
* * Não se compreende que um botocudo fure o beiço para enfeitá-lo com um
pedaço de pau. Esta reflexão é de um joalheiro.
*
* * Não te irrites se te pagarem mal um benefício: antes cair das nuvens, que
de um terceiro andar.[1]
[1] Memórias Póstumas de Brás Cubas.
Texto-fonte: Obra Completa, Machado de Assis, Rio de Janeiro: Editora Nova
Aguilar, 1994. Publicado originalmente em folhetins, a partir de março de 1880,
na Revista Brasileira.
Maria Rita Moraes Vitório - Ginástica Rítmica
Olá pessoal, tudo bem?😀
Eu sou a professora Maria Rita, estou na escola Gov. José Fragelli - Arena da Educação desde 2017, quando ela inaugurou. Fui professora de Atletismo, no primeiro ano da escola, e agora sou a professora Ginástica Rítmica. Sou graduada em Educação Física - Licenciatura e Bacharelado, pós graduada em Educação Física Escolar e árbitra de vários esportes, entre eles a natação, o Atletismo, o Handebol, o tênis de mesa, o Badminton e a GR. Sou uma leitora fiél de vários estilos literários, meu livro favorito é “Os sobreviventes”, que conta a história real da queda de um avião fretado que transportava 45 pessoas, incluindo uma equipe de jogadores de rugby, seus amigos e familiares que caiu na Cordilheira dos Andes em 13 de outubro de 1972. Também sou apaixonada por música e a Ginástica Rítmica está completamente ligada ao ritmo, por isso eu gosto tanto e sou professora dessa modalidade.
A
Ginástica Rítmica tem total relação com a música, pois sem ela não existem as
coreografias das ginastas, que são feitas e executadas através do compasso, tempo
e ritmo existentes na música a que é escolhida para compor a parte coreográfica
da apresentação. E a música é totalmente relacionada a literatura, elas são
duas artes distintas, são poeticamente e historicamente correlatas. A letra
musical, na qualidade de narrativa e a experiência literária enquanto, muitas
vezes, sonora, podem ser ambas importantes aliadas: ainda que sejam, de fato,
produções culturais únicas, como arte elas se complementam e são maravilhosas.
Agora
vou mostrar a vocês um trecho de uma música que leva parte do meu nome “Rita” e
que é de um artista que eu sou fã, ouça conosco: 😉🔊
A Rita – Chico Buarque
A Rita levou meu sorriso
No sorriso dela
Meu assunto
Levou junto com ela
E o que me é de direito
Arrancou-me do peito
E tem mais
Levou seu retrato, seu trapo, seu prato
Que papel!
Uma imagem de São Francisco
E um bom disco de Noel...
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